espectador


Te vejo.
Como expectadora de um romance.
Participo.
Depois assisto o desenrolar da trama.
Que segue um rumo infeliz.
Pra mim. Pra você.
Não posso fazer nada pra mudar as coisas.
Não quero fazer nada pra mudar as coisas.
Depende de você.
Tomar as rédeas.
Roubar o roteiro.
Reescrever tudo.
Reinventar a vida.
Mudar a estória.
O que queremos pras nossas vidas?
Saber o que não queremos já é o começo.
Não quero entrar na trama.
Deixa que eu escrevo o meu romance.
Crio os meus personagens.
E finalmente,
Viver feliz pra sempre.

Um comentário:

Holly disse...

as coisas “in-úteis” são aquelas q ñ servem pra nada q ñ seja ser elas mesmas.

ñ precisam de explicação. a poesia, sob esse ponto de vista, é um inutensílio tanto quanto um orgasmo, um grito de gol, um arrepio na pele.

beijo...me liga !